Seminário debate implantação de cidades sustentáveis
21 de julho de 2017 |
|
Com o intuito de debater as soluções para desenvolver um planejamento metropolitano sustentável no Estado, o Conselho de Arquitetura e urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), em parceria com o Sebrae, realizou o seminário “Implementando Cidades Sustentáveis no Espírito Santo – Grande Vitória 500 anos”. O evento aconteceu no dia 20 de julho e reuniu arquitetos e urbanistas de Recife-PE, compartilharam experiências da capital pernambucana.
Segundo o presidente do CAU/ES, Tito Carvalho, o evento foi uma excelente oportunidade para debater a necessidade da elaboração de um plano integrado entre as cidades da região metropolitana. “A partir deste seminário, iniciamos uma ampla discussão para propor um planejamento urbano transformador para os próximos 18 anos, tendo como meta o desenvolvimento sustentável da Grande Vitória até seu aniversário de 500 anos, em 2035”, destacou.
As temáticas foram debatidas a partir do modelo implantado na cidade de Recife, em Pernambuco, que desenvolveu um Plano Estratégico de Desenvolvimento a longo prazo, visando a cidade do Recife de 2037. O plano já está em andamento e ganhou destaque nacional e internacional.
Três protagonistas deste movimento em Recife ministraram as palestras do evento. Um deles foi o arquiteto e urbanista Jório Cruz, que falou sobre os desafios da governança metropolitana. Para ele, é fundamental a união e integração das administrações dos municípios da região metropolitana.
A segunda palestra, sobre o caminho para sustentabilidade urbana, foi ministrada por Roberto Montezuma, presidente do CAU/PE. Ele destacou que problemas como mobilidade, saneamento e infraestrutura só podem ser resolvidos se tratados de forma planejada e integrada. “Nossas cidades continuam desarticuladas. Só existe um caminho para resolver isso: pensar o desenvolvimento dos municípios em conjunto e a longo prazo, fazendo a integração entre representantes políticos, empresas e a sociedade. É possível pensar a cidade como um todo e não apenas num processo isolado”, destacou.
Já o palestrante Francisco Cunha abordou as dificuldades da mobilidade urbana, especialmente as enfrentadas pelas pessoas ao caminharem pelas ruas e calçadas. “As cidades brasileiras foram planejadas para os carros, mas elas precisam ser caminháveis, pois todos somos pedestres”. A avaliação do consultor traz questões que se relacionam com o impacto que esse modelo tem para qualidade de vida, para a segurança dos cidadãos e para a ocupação dos espaços públicos.
Francisco também abordou a participação da sociedade civil como estratégia para desenvolvimento das cidades. Ele destacou a importância do empoderamento da sociedade na tomada de decisões públicas e da necessidade de mais espaços públicos nos grandes centros. “Somente com a participação sociedade vamos construir cidades mais sustentáveis”, reforça.